Ao longo das últimas décadas vários eventos têm contribuído para que o processo de globalização esteja se tornando igualitário, oferecendo condições mais equânimes às nações e às empresas envolvidas. Estes eventos têm a tecnologia e a política como pontos centrais (mas não únicos), e são vistos como os modeladores do cenário político-econômico neste breve início de milênio.
Para Friedman, a globalização atravessou três grandes eras:
- Globalização 1.0, globalização dos países, que se estendeu de 1492, quando Cristóvão Colombo inaugurou o comércio entre o Velho e o Novo Mundo, indo até por volta de 1800. Essa era reduziu o tamanho do mundo de grande para médio, e envolveu basicamente países e músculos (força produtiva), e a questão básica era: como o meu país se insere na concorrência e nas oportunidades globais?;
- Globalização 2.0, globalização das empresas, que durou mais ou menos de 1800 a 2000, e diminuiu o mundo de médio para pequeno. O motor da mudança nessa era foram as empresas que se transformarm em multi-nacionais e se expandiram em busca de mercados e mão-de-obra, e a queda nos custos dos transportes das comunicações: telégrafo, telefonia, PCs, satélites, cabos de fibra ótica, internet e www;
- Globalização 3.0, globalização dos indivíduos, que se encontra em curso, encolhendo o tamanho do mundo de pequeno para minúsculo e tornando o mundo mais plano. Nessa era, os individuos é que estão se globalizando, achando novas formas de cooperação e de concorrerem em âmbito mundial, apoiados pelo rapidissimo avanço das comunicações, internet, convergência digital, ubiquidade, etc. China, India, Paquistão e muitos outros passam a tomar parte ativa no jogo. O tradicional modelo de organização em hierarquias de comando está sendo aos poucos substituido por um modelo de cooperação e conexões, onde a liderança desponta como critério organizador.
Para ele, o processo de globalização é mais do que inevitável: é uma força histórica que tem o mesmo peso que o desenvolvimento do capitalismo a partir do fim da Idade Média. E como no caso do capitalismo, é óbvio que a globalização terá seus fiéis defensores e ferrenhos oponentes. Friedman pertence ao primeiro grupo, e em sua análise tenta promover uma defesa de seu ponto de vista pró-globalização.
• A queda do muro de Berlim em 9 de novembro de 1989;
• A oferta inicial das ações da Netscape na Bolsa de Nova York em 9 de agosto de 1995;
• A introdução no mercado do software colaborativo;
• A criação do conceito de software livre e sua disseminação no mercado;
• O Outsourcing;
• O Off-shoring;
• O conceito de cadeia de suprimentos;
• O Insourcing;
• A formação de capacidades;
• Os “Esteróides” que propiciam a convergência tripla (voz, dados e imagens).
Dissecando cada um dos dez fatores “planificadores”, Friedman sempre fornece vários exemplos de como estes fatores estão sendo vantajosamente utilizados por empresas e nações para melhorar suas condições competitivas no mercado globalizado. A Índia e a China são destacadas como estando na vanguarda deste movimento de planificação do mundo, o que lhes dá a oportunidade de competir em mercados antes reservados para americanos e europeus.
O resultado desta adesão à globalização é o aumento de oportunidades de desenvolvimento para estas nações e uma mudança na cultura das empresas, que passam a se enxergar como competidoras em um mercado incomensuravelmente mais amplo que o pequeno nicho geográfico em que antes se viam inseridas.
O resultado desta adesão à globalização é o aumento de oportunidades de desenvolvimento para estas nações e uma mudança na cultura das empresas, que passam a se enxergar como competidoras em um mercado incomensuravelmente mais amplo que o pequeno nicho geográfico em que antes se viam inseridas.
Entrevista com Friedman no Time Interviews
Livro: O Mundo é Plano - Edição Atualizada
Autor: FRIEDMAN, THOMAS L.
Ano: 2007
Editora: Objetiva
Preço:R$ 64,90
560 páginas
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